terça-feira, 19 de maio de 2009

greve de ônibus

olá pessoal!
devido a greve de ônibus as atividades de hoje (visita aos campos de estágio, aula e prova) estão suspensas, ok. amanhã, se a greve continuar continua a suspensão. a prova ficará para semana que vem e as visitas remarcaremos!
até

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domingo, 17 de maio de 2009

porque hoje é domingo

um belo texto de rubem alves sobre ensinar e ensinar a ver.

A complicada arte de ver

Ela entrou, deitou-se no divã e disse: "Acho que estou ficando louca". Eu fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. "Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões _é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto."

Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda. Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: ';;;;;;Rosa de água com escamas de cristal';;;;;;. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".

Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.

William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê". Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.

Adélia Prado disse: "Deus de vez em quando me tira a poesia. Olho para uma pedra e vejo uma pedra". Drummond viu uma pedra e não viu uma pedra. A pedra que ele viu virou poema.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver. O zen-budismo concorda, e toda a sua espiritualidade é uma busca da experiência chamada "satori", a abertura do "terceiro olho". Não sei se Cummings se inspirava no zen-budismo, mas o fato é que escreveu: "Agora os ouvidos dos meus ouvidos acordaram e agora os olhos dos meus olhos se abriram".

Há um poema no Novo Testamento que relata a caminhada de dois discípulos na companhia de Jesus ressuscitado. Mas eles não o reconheciam. Reconheceram-no subitamente: ao partir do pão, "seus olhos se abriram". Vinícius de Moraes adota o mesmo mote em "Operário em Construção": "De forma que, certo dia, à mesa ao cortar o pão, o operário foi tomado de uma súbita emoção, ao constatar assombrado que tudo naquela mesa _garrafa, prato, facão_ era ele quem fazia. Ele, um humilde operário, um operário em construção".

A diferença se encontra no lugar onde os olhos são guardados. Se os olhos estão na caixa de ferramentas, eles são apenas ferramentas que usamos por sua função prática. Com eles vemos objetos, sinais luminosos, nomes de ruas _e ajustamos a nossa ação. O ver se subordina ao fazer. Isso é necessário. Mas é muito pobre. Os olhos não gozam... Mas, quando os olhos estão na caixa dos brinquedos, eles se transformam em órgãos de prazer: brincam com o que vêem, olham pelo prazer de olhar, querem fazer amor com o mundo.

Os olhos que moram na caixa de ferramentas são os olhos dos adultos. Os olhos que moram na caixa dos brinquedos, das crianças. Para ter olhos brincalhões, é preciso ter as crianças por nossas mestras. Alberto Caeiro disse haver aprendido a arte de ver com um menininho, Jesus Cristo fugido do céu, tornado outra vez criança, eternamente: "A mim, ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas quando a gente as têm na mão e olha devagar para elas".

Por isso _porque eu acho que a primeira função da educação é ensinar a ver_ eu gostaria de sugerir que se criasse um novo tipo de professor, um professor que nada teria a ensinar, mas que se dedicaria a apontar os assombros que crescem nos desvãos da banalidade cotidiana. Como o Jesus menino do poema de Caeiro. Sua missão seria partejar "olhos vagabundos"...

in.:http://www.escolaconectada.org.br/pesquise/texto/textos_art.aspx?id=71

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

ser criança não significa ter infância

este documentário apresenta a infância a partir de um ponto de vista histórico: desde sua invenção por volta do renascimento até os dias de hoje. é um filme que se preocupa com problemática central: o que significa ser criança, ou melhor dizendo, o que significar ter infância e é justamente a história e a reflexão sobre a criança e a infância no presente que nos permite entender como é possível na sociedade contemporânea, repleta de legislações acerca dos direitos das crianças, estarmos cadas vez mais produzindo crianças sem infância. seja pelo trabalho infantil nas camadas sociais desprovidas dos bens materiais e de consumo, seja pela acumulação de atividades sem-fim além da escola, nas classes médias, a infância vem sido encurtada e o que vimos cada vez mais são crianças vivendo vidas de adultos.
o filme está em total sintonia como que viemos discutindo na disciplina desde o início do semestre e mesmo que não estivesse merece estar no blog porque é uma bela reflexão sobre como nossa cultura pode criar ou destruir esperanças.



ficha técnica:
A Invenção da Infância
Gênero Documentário
Diretor Liliana Sulzbach
Ano 2000
Duração 26 min
Cor Colorido
Bitola 16mm
País Brasil

Produção Monica Schmiedt, Liliana Sulzbach Fotografia Adrian Cooper, Alex Sernambi Roteiro Liliana Sulzbach Edição Ângela Pires Som Direto Valeria Ferro, Mário (Porto Alegre) Animação Tadao Miaqui Trilha original Nico Nicolaiesvky Edição de som Luiz Adelmo Narração Kiko Ferraz Assistente de Direção Camilo Tavares, Rosi Badinelli Assistente de Câmera Francisco Ribeiro, Cristiano Conceição Assistente de Produção Alberto Pietro Bigatti Assistente de edição Henrique Montanari, Alberto Pietro Bigatti Pesquisa Amabile Rocha Mixagem Luiz Adelmo Eletricista Wagner Gonçalves Música Nico Nicolaiewsky Motorista Jorge Pinheiro (Bahia), Wagner Machado (São Paulo) Assistência de Trucagem Rafael (Sapo) Material Gráfico Flávio Wild, Macchina Desenho de Imagem & Som

Prêmios
Melhor Filme - Júri Popular no Festival de Bilbao 2000
Melhor Filme Latino Americano e Caribenho no Festival de Bilbao 2000
Melhor Diretor no Festival de Cinema do Recife 2001
Melhor Filme no Festival de Cinema do Recife 2001
Melhor Montagem no Festival de Cinema do Recife 2001
Melhor Roteiro no Festival de Cinema do Recife 2001
Melhor Diretor - 16mm no Festival de Gramado 2000
Melhor Filme no Festival de Gramado 2000
Melhor Roteiro no Festival de Gramado 2000
Melhor Filme - Júri Popular no Festival de Tiradentes 2000
Melhor Filme Média Metragem no Grande Premio Cinema Brasil 2001
Melhor Curta no Images du Noveau Monde Quebec 2001
Melhor Filme - Júri Popular no Mostra de 16mm de Itaguatinga 2001
Melhor Curta no Short Shorts International film Festival Tokio 2001

informações extraídas do site do Porta Curtas


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terça-feira, 12 de maio de 2009

ilha das flores

esse post é para quem não viu ilha das flores (parece que muitos da turma), curta-metragem de jorge furtado, que narra o que está em jogo no processo de geração de bens de consumo.
é legal observar a edição feita a partir da repetição de informações (imagens e áudio) como estratégia pedagógica, mas também como meio de evidenciar as contradições e desigualdades presentes na sociedade capitalista. então aí está o filme:




ficha técnica:
ilha das flores
gênero: gocumentário, experimental
diretor jorge jurtado
elenco ciça reckziegel
ano 1989
duração 13 min
cor colorido
bitola 35mm
país Brasil

produção mônica schmiedt, giba assis brasil, nôra gulart
fotografia roberto henkin, sérgio amon
roteiro jorge furtado
edição giba assis brasil
direção de arte fiapo barth
trilha original geraldo flach
narração paulo josé

prêmios
urso de prata no festival de berlim 1990
prêmio crítica e público no festival de clermont-ferrand 1991
melhor curta no festival de gramado 1989
melhor edição no festival de gramado 1989
melhor roteiro no festival de gramado 1989
prêmio da crítica no festival de gramado 1989
prêmio do público na competição "no budget" no festival de hamburgo 1991
dados extraídos do site do porta curtas.


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quinta-feira, 7 de maio de 2009

datas das próximas avaliações

só para lembrá-los que teremos duas avaliações neste mês de maio:
- prova individual dia 19/05 - todo o conteúdo que tivemos até agora,

- trabalho em dupla com data de entrega para 26/05. este trabalho deverá ser feito a partir da leitura do texto da circe bitencourt (xerox) e da escolha de uma imagem sobre o brasil colônia. o mesmo trabalho será também avaliado pela professora de brasil I.


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terça-feira, 5 de maio de 2009

Grupos de Estágio Imagem e Som - Noturno

listagem dos grupos formados em "imagem e som" noturno e seus respectivos campos de estágio:

* colégio de aplicação (ufsc)
carlos; rodney; karla; luiza; luciana
orientação: glaucia
terças-feiras. turno vespertino.

* escola brigadeiro eduardo gomes (campeche)
daniel ulisses; fabiane; paulo henrique, vanusa
orientação: bárbara

* escola básica vitor miguel (itacorubi):
beatriz; fábio; mariana; taiane
orientação: bárbara

* escola básica paulo fontes (santo antônio de lisboa):
- G1:
arthur; daniel henrique; thiago; henrique
orientação: glaucia
quintas-feiras. turno matutino

- G2:
kelly; hellen; katherini
orientação: glaucia
quintas-feiras: turno vespertino

* escola autonomia (itacorubi):
- G1:
joão paulo; patrícia; carolina
orientação: glaucia
segundas-feiras. turno vespertino

- G2:
kamylla; fernando, wescley, fábio
orientação: bárbara

* escola são tarciso (são bonifácio)
- G1:
igor, daniela, márcio, nadir
orientação: bárbara
sábados. turno: matutino

- G2:
júlia; marcello
orientação: bárbara
sábados. turno: matutino.

* escola básica padre rohr (córrego grande)
bruna; roberson; laura; lais
orientação: glaucia
terças-feiras. turno matutino.

observação
as datas aparecem como sugestão e estão sujeitas a mudanças, assim como a composição dos grupos, que poderá sofrer atualizações.


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